quarta-feira, 21 de março de 2012

FAMÍLIA WANDERLEY HISTÓRIA E GENEALOGIA

FAMÍLIA WANDERLEY
HISTÓRIA E GENEALOGIA
Introdução...
O coronel do regimento de burgueses, Gaspar van Nieuhof van der Ley, ex-capitão de cavalaria, talvez parente de Johan Nieuhof, seu contemporâneo, autor da Memorável Viagem, de variada notícia para o Brasil-Holandês, deve ser o avô ou bisavô da pernambucana dona Josefa Lins de Mendonça, casada com o possível português João de Sousa Pimentel, plantadora da semente no Arraial Nossa Senhora dos Prazeres do Assu, fundado pelo capitão-mor Bernardo Vieira de Melo, para nós, de saudosa memória. Pelo ramo eminentíssimo dos Lins, vieram os Wanderley, brotando nos filhos, Gonçalo Lins Wanderley, que deve ser o segundo gênito, e João Pio Lins Pimentel, o primogênito que, ao fazer-se maçom na SIGILO NATALENSE em 1838, é maior de 40 anos, casado e proprietário, residente no Assu.
Em pouco mais de um século o Wanderley estende a ramaria prolífera cobrindo o mural provinciano com as graças do engenho, irresistível na conquista social.
É uma presença inevitável em todas as atividades normais. Fazendeiros, deputados provinciais, estaduais, gerais, cinco vezes presidindo a província. Fundam jornais, mantêm tipografias, advogam; são jornalistas natos, prosadores, tribunos ao nascer. Oferecem o primeiro médico, o primeiro romancista, o maior poeta, poetisas excelsas. São debatedores, arrebatados, brilhantes, com a impecável tradição da cortesia, da palavra airosa, do gesto oportuno e lindo.
Atestam, através do tempo, a maior e mais notável contribuição intelectual de que uma família possa orgulhar-se.
Noventa e nove por cento dos Wanderley escrevem versos, discursam e fazem jornal, inesgotáveis de inspiração, inalcançáveis pelos diabos azuis do desânimo, ignorando o que Stevenson denominava a dignidade da inércia.
O moto da família holandesa dos Wanderley anunciava, há mais de quatrocentos anos, essa divina continuidade funcional: "SEY TALTYDT VAN EENDERLEY SIN". Seja sempre um Wanderley, haja, exista, viva sempre, um Wanderley. E eles têm cumprido a profecia heráldica que orna, qual uma flâmula, o brasão fidalgo.
Luís da Câmara Cascudo
O Brasão de Família...

Deve-se ao holandês J.B.Beer van der Ley, de Harlem, Holanda, a cópia autêntica do Brasão da família Wanderley. " Seja sempre um real (verdadeiro) Wanderley ", é a determinação histórica do brasão fidalgo.
Origem...
JARICHS VAN DER LEY - um "landlord" - Era dono da pequena vila de Laij ou Ley, o primeiro de que se tem notícia, em 1480.
Teve um filho de nome Hendrick.
HENDRICK JARICHS VAN DER LEY (Filho de Jarichs), foi quem assinou em 1579 a carta de Independência da Holanda.
Nasceu em 1530. Assinou esse tratado como representante da província de Friesland, em Utrecht. Era general. Casou três vezes e teve nove filhos. Morreu em Roterdã e um de seus filhos era oficial.
JAN HENDRICK VAN DER LEY, filho de Hendrick, nasceu em 1567 e faleceu em Roterdã.
GEORGIUS VAN DER LEY, advogado, nasceu na então província de Frisia, em 1607.
Estes foram os primeiros. Dessa pequenina aldeia de Ley partiram para o Brasil os portadores do nome tradicional. "Seja sempre um real (verdadeiro) Wanderley" é o velho "slogan" que deve ser transmitido de geração a geração.

História...
A Família Wanderley, diz Borges da Fonseca, (Nobiliarquia Pernambucana, vol. 1 e 2) teve o seu princípio em Pernambuco com Gaspar Wanderley, Capitão de Cavalaria das tropas holandesas (Cast li 6, n.74 Lucid. Liv. 3, cap. 7, 172 e173) de cuja nobreza temos testemunho autêntico em uma certidão do Conde Maurício de Nassau.
Eu a vi a própria e a tive muito tempo em mãos, que m'a deu a ver o Mestre de Campo Antônio da Silva e Melo; e depois de sua morte a seu irmão Dr. João Maurício Wanderley, vigário de Camaragibe por via de seu parente o pe. Francisco Xavier de Paiva Lins, cura de Santo Antônio, que é a seguinte:
"João Maurício, pela graça de Deus, Príncipe de Nassau, Conde de Katzenellenbogen, Vianen e Dietz, Senhor de Beilstein, Mestre da Ordem Taem Teutônica de São João, Governador por Sua Serenidade Eleitoral de Brandenburgo dos Principados de Cleve e Minden, e dos Condados de Mark e Ravensberg, Mestre de Campo General das Províncias Unidas dos Países Baixos, fazemos saber aos que a presente virem que, quando o senhor João Maurício Wanderley, que presentemente assiste em Lisboa, nos pediu lhe quiséssemos dar uma certidão de nobre progênie de seu pai e avôs e todos que tiverem e ainda hoje têm o nome de Wanderley, sempre foram e ainda são Fidalgos de Sangue e linhagem nobre e assim no tempo de nossos antecessores como durante o tempo do nosso governo mereceram dos ditos Wanderley, sempre serem do Senhor Eleitor de Brandenburgo honrados com os primeiros corpos ofícios e dignidades nobres de sua pátria nos quais serviram sempre com muito louvor e honra. Em fé da verdade mandamos despachar sob nossa própria firma e selo. Data em Singen aos 20 de Dezembro de 1668 anos. JOÃO MAURÍCIO príncipe de Nassau (Selos)."

Presença dos holandeses...
O escritor Luís da Câmara Cascudo, referindo-se ao período flamengo, situou muito bem o domínio holandês, com estas poucas palavras, a que ele chama de "fase quase doméstica nas lembranças coletivas" (1).
"Quando dizemos 'no tempo dos holandeses', significamos uma vida normal, organizada e lógica, desaparecida e lembrada, cheia de elementos humanos, sangrando de naturalidade. Naturalmente tem amigos saudosos e inimigos pesados de rancor, ambos com razão pessoal que é uma fidelidade intelectual ao patrimônio de cada família, umas descendentes do flamengo; outras agredidas pelos holandeses há trezentos anos. O mesmo acontece nas terras das seduções Jesuitas, nas cidades e vilas que foram aldeias governadas pela Companhia de Jesus. Ainda há quem os cite fechando os olhos, com vontade de trazer o Tempo para trás, e outros permanentemente furiosos, como portadores inesquecidos de uma afronta individual. O interesse instintivo que temos pelo Holandês pertencente mais ou menos à classe das relíquias familiares guardadas pela razão na sua antiguidade e pela ligação ao passado, resistindo, pela sua própria densidade, ao atrito desgastador de três séculos".

14 comentários:

  1. Minha tataravo se chamava Ana Wanderley e era descendente do Capitao de Cavalaria das tropas dos Paises Baixos, Gaspar Nieuhoff Van der Lei.
    Gostaria de entrar em contato com voces e saber mais da historia da familia.
    Muito obrigada,
    M. Lucia

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    1. Ana Maurícia Wanderley era minha bisavó. Meu avô Matusalém Nunes de Sousa Wanderley e seu irmão meu tio Wandenkolk Wanderley. Meu Pai Gilson Amorim Wanderley ( todos in memorian. Inclusive no Bairro do Arruda em Recife, tem uma rua com seu nome em sua homenagem. Eu sou uma Wanderley e tenho muito orgulho de pertencer a uma Família respeitada, com familiares de caráter ilibado, honestos e corajosos.
      Gostaria muito de conhecer mais decendentes e parentes mesmo que longe.

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  2. Sou neto de Luis Rodrigues Wanderley, nascido em Olinda-PE.

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  3. OLÁ SOU UM WANDERLEY TAMBÉM GOSTARIA DE OBTER MAIS INFORMAÇÃO DOS MEUS ANTEPASSADOS

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    1. A genealogia da família dos Wanderley – A família Wanderley tem em Pernambuco o seu princípio em Gaspar De Wanderley (van-Der-Ley), capitão da cavalaria das tropas holandesas no tempo que ocuparam estas Capitanias.

      Embora Gaspar De Van-Der-Ley ser capitão da cavalaria das tropas holandesas, o mesmo era alemão. Aqui no Brasil, o sobrenome foi aportuguesado para Wanderley. O próprio Maurício de Nassau foi um conde e militar germânico.

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    2. Faça um cadastro no Bandplay. Vc receberá um e-mail para confirmar sua identificação. Depois é só acessar no computador a Bandplay, e ver o filme "Doce Brasil Holandês". O filme fala muito da chegada do holandeses no Brasil, fala de Maurício de Nassau e, também, da família Wanderley presente em Pernambuco até os dias de hoje. A apresentação e filmagem é feita por uma alemã que feio ao Brasil conhecer os Wanderley daqui. Ela assina van-der-ley. É assim em alemão.

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  4. OLÁ VOCÊS SÃO TODOS BRASILEIROS... SINTO INFORMAR. BJS.

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  5. Boa tarde, muito bacana saber que todos somos Wanderley, de lugares e culturas diferentes, sermos brasileiros, Holandeses, seja de qualquer parte do mundo vai existir uma historia.. somos parte de uma nova construção... muito prazer meu nome Alex F Wanderley

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  6. Eu sou Lins Wanderley o que se deu para isso eu não sei da história e gostaria de saber.

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  7. Sou Marta Maria Bezerra Wanderley Pessanha Ayres minha bisavó era Julieta Wanderley casada com Olímpio Wanderley e meu avô paterno era Abelardo Lins Wanderley casado com Ana Valença Wanderley e meu pai era Abelardo Olímpio Barbosa Wanderley.

    Prazer enorme estar aqui.

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  8. Olá, sou Rita Wanderley, neta de ana Barbosa Valença Wanderley e Abelardo Lins Wanderley, reconheci aqui uma prima querida, muito bacana saber que estamos presentes , abraço a todos

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